Coronavírus e o Algortimo de Identificação das próximas vitimas.

Coronavírus e o Algortimo de Identificação das próximas vitimas.

Artigo – Wilson Mendes

Cof, Cof, Cof
Atchin, Atchin…

Nunca antes na história do mundo, a emissão desses universais sons, causaram tanto pânico. Basta ouvirmos para entrar em estado de alerta máximo.

Rico, pobre, afro, branco, gordo, magro, poliglota, anafalfabeto, alto, baixo, jovem, velho, rasta ou careca. Transeuntes identificados por um CEP, vivem tempos assombrosos de desconfiança.

Possuindo semelhança com a gripe, esse devastador e apocalíptico vírus, vem modificando a vida de bilhões de pessoas ao redor do planeta.

Através de serviços de triagem em clínicas e unidades de saúde, ou, das famosas consultas popularescas, é que os primeiros algoritmos para a classificação do CID (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) aparecem; Tosse , febre , dificuldade respiratória, corrimento nasal, dores de cabeça… já apresentam indícios característicos de infeção pelo coronavírus.

Através de uso de inteligência artificial, utilizando algoritmo KNN(K — Nearest Neighbors) “vizinho mais próximo” é possível fazer uma previsão de onde vai ocorrer possíveis novos casos, assim como, regiões geográficas com maior probabilidade de contaminação.

Para identificar os padrões existentes, os cálculos a serem realizados pelo modelo leva em consideração onde esse hospedeiro tráfegou por mais tempo, onde mora, e, as suas rotinas, fazendo uma previsão muito próximo da realidade a partir dos dados que inserimos, com uma margem de acerto considerável. Levando em consideração o período de contágio entre a exposição ao vírus e, o aparecimento de sintomas, é em media, 14 dias, sabendo que, nem todos que hospedam desenvolvem os sintomas e, nem todos que desenvolveu a doença procuraram as unidades de saúde, isso aumenta exponencialmente o risco de contaminação. Para uma contabilização, só são considerados os casos confirmados por unidades de saúde.

Diante dessa pandemia, uma coisa é certa; Deus, o misericordioso, nunca recebeu tantos pedidos, promessas, agradecimentos, apelos, louvores e adoração, de diferentes idiomas ao redor do planeta .

Será que aprenderemos a lição; “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”? Ou, ainda teremos a famosa prova final?

Cá entre nós, acredito também, que muitos desses pedidos foram direto para caixa de spam celestial.

Que o nosso senhor Jesus Cristo nos proteja e abençoe, diante do que está por vir.

Redes Neurais

Redes Neurais

Artigo – Wilson Mendes – DataScientist/Cryptographer/Cybersecurity

E lá se vai mais um Carnaval, independentemente das escolhas, se você é ou não carnavalesco, o que ficam são as lembranças. E onde essas lembranças são armazenadas?

Redes neurais

Graças a uma emaranhada e complexa rede de aproximadamente 86 bilhões de neurônios, nós pensamos, sentimos, nos emocionamos e interagimos com o mundo ao nosso redor. Todas as ações inerentes aos humanos, desde locomoção voluntária, involuntária, pensamentos, memórias, capacidades cognitivas e sensações, somente são possíveis graças aos neurônios.

Cada vez mais espaçadas, estas lembranças são sobrescritas por novas imagens, sabores, cheiros, momentos que ficam armazenados nesse imenso e misterioso banco de dados mental. Com o passar do tempo, falta de estímulo, estilo de vida e perda natural dos irregeneráveis neurônios acabam no universo do esquecimento. O que nos resta é imortalizar as lembranças.

Como? Com a preciosíssima tecnologia cada vez mais presente em nossas vidas.
Transferimos fotos, vídeos, documentos, sons e afins para dispositivos, redes sociais e armazenamento em nuvem para serem mantidos como herança por várias gerações.

Quando você, nobre leitor, começa a escrever no popular aplicativo do what’s app, por exemplo, ele, que está aprendendo sobre o seu comportamento, sabendo as palavras e frases que você mais utiliza, já sugestiona as possibilidades quando os primeiros caracteres são digitados. Isso é aprendizado de máquina. Agora, multiplique isso por bilhões de usuários de diferentes culturas e idiomas e, certamente como resultado, teremos um dos maiores poliglotas da face da terra.

Em programação, as redes neurais imitam esse processo biológico. E o aprendizado de máquina está organizado em camadas de neurônios artificiais.

Cronologia 

Em 1952, um computador foi construído e programado para jogar o jogo da velha.
Em 1997, o Deep Blue, um supercomputador criado pela IBM,  que foi programado para jogar xadrez, tinha na sua base de dados mais de 700 mil jogadas dos grandes mestres, sendo capaz de analisar aproximadamente 200 milhões de posições por segundo. Foi o primeiro computador a vencer o campeão mundial de xadrez Kasparov.
Em 2011, o Watson, o fascinante computador também da IBM, vence uma competição para dois humanos no famoso programa de Tv Jeopardy.
Em 2016, o mundo assistiu o supercomputador alpha go, desenvolvido pela Deep Mind, a derrota do sul-coreano 18 vezes campeão mundial Lee Sedol, no jogo GO, considerado o jogo mais difícil do mundo e que, tem mais possibilidades de combinação de jogadas do que átomos no universo.

O que eles têm em comum? 

Para que fosse capaz de vencer, ao invés de trabalharem exclusivamente de forma predefinidas, como nos anos de 1952 e 1997 em 2011 e 2016, usaram a razão para superar os seus oponentes. Algoritmos com refinada base de dados que inclui milhões de jogadas realizadas por seres humanos no passado foram inseridas e, em seguida, o algoritmo desenvolveu seu conhecimento por meio de partidas extremamente velozes realizadas contra si mesmo. Um método inovador de aprendizado que equivale à experiência de bilhões de vidas humanas que nem sequer desabrocharam em função de sua capacidade de avaliar de forma randomizada um universo de movimentos possíveis.
O computador desenvolveu a intuição. 

Estamos vivendo uma nova fronteira na criatividade, isso só é possível graças à arquitetura distribuída de complexas e treinadas redes neurais que simulam o funcionamento do cérebro humano e desafiam um padrão de classificação.

Assim como os neurônios dos humanos, as redes neurais herdam, se misturam, aprendem, armazenam, se reprogramam e, diferente dos humanos, são ilimitadas e se regeneram.

E você, nobre leitor, lembra do seu primeiro brinquedo, primeiro aniversário, primeiro dia de aula, do primeiro…?

Os registros das máquinas te fazem rememorar e, através de sinapses neurais, disparam os gatilhos mentais, trazendo as sensações daqueles registros imortalizados nas lembranças.
Sejam muito bem-vindos a um novo tempo.

Wilson Mendes – datascientist, cryptographer, cybersecurity
@wicasame – Instagram
www.wicasame.com